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QUARENTENA
Da minha janela eu poderia ver uma rua sem saída, um ginásio, africanos, árabes, a torre Montparnasse, a torre Eiffel, o céu sem aviões. Mas, se eu olhar pela minha janela e ver apenas o que existe do lado de lá, o lado de lá ficaria por lá. Não. Da minha janela eu vejo o que está aqui, dentro de casa. Como se minha casa fosse até lá. Daqui eu vejo o que está lá e vivo do que está lá, como se tivesse aqui, dentro de casa.
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